Luanda, 24 de Junho de 2025 – A Sociedade Mineira de Catoca, responsável por cerca de 70% da produção nacional de diamantes, oficializou a saída dos representantes da empresa russa ALROSA, num momento considerado por muitos como uma lufada de ar fresco na gestão da maior mina de diamantes do país.
A saída dos representantes russos marca fim de ciclo de penalizações à Catoca, por bancos, compradores e fornecedores internacionais em virtude das Sanções sobre a Alrosa, outrora sócia de Catoca.
Com a assinatura da escritura pública a 26 de Maio de 2025, que marcou a entrada da empresa TAADIN INVESTMENT LLC, sediada no Sultanato de Omã, a estrutura societária da Catoca sofreu uma importante reconfiguração, culminando na saída dos senhores:
• Sergey Chuvilin
• Andrei Yurevich Dubno
Ambos atuavam em nome da ALROSA e, segundo fontes internas e especialistas do sector, sua presença em
Catoca no período de transição, não obstante a divulgação da escritura pública de entrada de um novo sócio, alimentava a desconfiança sobretudo do Compliance dos bancos da possibilidade de uma saída não efectiva da empresa russa.
Entretanto, a Taadeen Investiments entra para Catoca com novos rostos na gerência o que confirma a inexistência de qualquer ligação entre o novo sócio e a Alrosa, proporcionando à gigante diamantifera angolana oportunidade de operar num contexto menos adverso que aquele em que vem actuando desde Fevereiro de 2022, altura em que foram decretadas sanções sobre a Alrosa.
Esta mudança surge também num momento de ajuste e alinhamento com as boas práticas internacionais de compliance, nomeadamente num contexto de sanções económicas e políticas impostas a entidades russas por parte dos EUA e da União Europeia. Para muitos analistas, a saída da ALROSA representa não só um reposicionamento estratégico da Catoca, mas também uma libertação de vínculos tóxicos que travavam o verdadeiro potencial da empresa e o seu papel no desenvolvimento sustentável do país.
A Sociedade Mineira de Catoca reafirma o seu compromisso inabalável com Angola, com a sua economia e com as comunidades onde opera. A nova fase que se inicia promete mais transparência, responsabilidade social e valorização do que é, por direito, do povo angolano.